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Diretrizes Brasileiras de Obesidade

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      Cada vez mais, a prática médica vem sendo influenciada por notícias e direcionamentos a que estamos expostos por meio dos diversos canais de informação existentes. Entretanto, muitos dos conteúdos disponíveis não se baseiam em evidências científicas que possam ser utilizadas com segurança. Isto é particularmente verdadeiro na área da obesidade, onde ainda existem preconceitos, tabus, e visões distorcidas em relação ao paciente, ao médico e ao tratamento farmacológico.

      Diretrizes bem desenvolvidas têm o potencial de melhorar a adequação da prática médica, a qualidade do atendimento, a relação custo-eficácia promovendo um uso eficiente de recursos, identificar lacunas na base de evidência e áreas de novas necessidades de pesquisa. Além disso, diretrizes práticas bem estabelecidas minimizam dano e iatrogenia, reduzem práticas inadequadas, e ajudam na produção de um desfecho de saúde melhor para o paciente, e podem até mesmo ser usadas como base para a regulamentação de procedimentos e a tomada de decisão. O objetivo final é sempre a qualidade do cuidado, servindo o melhor interesse do paciente. 

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Análise das diretrizes brasileiras de obesidade: patologização do corpo gordo, abordagem focada na perda de peso e gordofobia

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      Atualmente a obesidade é considerada um dos maiores desafios da saúde pública. Ela vem sendo enfrentada a partir do incentivo de mudanças comportamentais individuais, exaltando a perda de peso como forma inquestionável de garantir saúde. Tendo em vista este contexto e a importância das Diretrizes brasileiras de obesidade sobre o campo da obesidade, sua influência sobre a prática profissional, o tipo de tratamento incentivado e o processo decisório em relação aos corpos gordos, foi realizada uma análise deste documento, associada à emergente discussão de como o discurso da saúde justifica e reproduz a gordofobia da sociedade. A análise se deu primeiramente em relação à patologização do corpo gordo e como isto é acompanhado de uma valorização do corpo magro. Em seguida, discute-se a abordagem normativa do peso, que propõe intervenções individuais sempre focadas na perda de peso. Pode-se notar que o discurso presente nas Diretrizes reforça a saúde inerente dos corpos magros, reproduz estereótipos relacionados ao corpo gordo e relaciona diretamente quilos perdidos com melhor nível de saúde.

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Obesidade em Adultos: Guia de prática Clínica Canadense

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• A obesidade é uma doença crônica prevalente, complexa, progressiva e recidivante, caracterizada por gordura corporal anormal ou excessiva (adiposidade), que prejudica a saúde.

• Pessoas que vivem com obesidade enfrentam preconceitos e estigma substanciais, que contribuem para o aumento da morbidade e mortalidade, independentemente do peso ou índice de massa corporal.

• Esta atualização de diretriz reflete avanços substanciais na epidemiologia, determinantes, fisiopatologia, avaliação, prevenção e tratamento da obesidade, e muda o foco do gerenciamento da obesidade para melhorar os resultados de saúde centrados no paciente, ao invés da perda de peso apenas.

• O cuidado da obesidade deve ser baseado em princípios baseados em evidências de gerenciamento de doenças crônicas, deve validar as experiências vividas dos pacientes, ir além de abordagens simplistas de "comer menos, mover-se mais" e abordar as causas da obesidade.

• Pessoas que vivem com obesidade devem ter acesso a intervenções baseadas em evidências, incluindo terapia nutricional médica, atividade física, intervenções psicológicas, farmacoterapia e cirurgia.

Esquema traduzido

“A magreza como normal, o normal como gordo”: reflexões sobre corpo e padrões de beleza contemporâneos

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      O objetivo deste artigo é suscitar reflexões sobre o corpo e os padrões de beleza na atualidade, que estão interpenetrados pela influência da mídia. Trata-se de um ensaio reflexivo construído por meio da leitura crítica de estudos que abordavam a temática. Discorre sobre como a exposição excessiva as imagens de corpos “perfeitos”, amplamente divulgados pela mídia, e a discrepância entre os ideais de beleza construídos pela sociedade frente a realidade corporal da maioria das pessoas, gera, além de insatisfação corporal, importantes distorções nas quais corpos que até pouco tempo eram considerados excessivamente magros sejam agora vistos como “normais”; e aqueles tido como “normais” passam a ser vistos como “grandes” e “com excesso de volume”. Dada a densidade e complexidade do tema, reflexões como estas são fundamentais para ampliar a sua compreensão.

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